quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O governo no combate ao extermínio da juventude negra

Fórum Direitos e Cidadania discute ações de combate ao extermínio da juventude negra.

O combate à violência que atinge a juventude negra foi tema da reunião do Fórum Direitos e Cidadania, realizada nesta sexta-feira (16/12), no Palácio do Planalto. O encontro contou com a presença dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Luiza Bairros (Promoção da Igualdade Racial); da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo; do secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral, Paulo Maldos; e de vários representantes da sociedade civil organizada e de governos estaduais e municipais envolvidos com o tema juvenil. O objetivo foi apresentar a Agenda “Violência Contra Jovens Negros”, que prevê um conjunto de ações para enfrentar e solucionar o problema, considerado histórico para o país. A Agenda proposta envolve vários órgãos do Governo Federal, com a parceria direta de estados, municípios e da sociedade civil. Entre os Ministérios responsáveis pelas iniciativas estão as Secretarias de Igualdade Racial e Direitos Humanos; os Ministério da Justiça; Saúde; Educação e Esporte; e a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, entre outros.

O combate à violência contra os jovens negros é uma das prioridades da SNJ para 2012, o que foi reforçado recentemente pelos jovens que participaram da 2ª Conferência Nacional de Juventude, realizada em Brasília (DF), entre os dias 9 e 12 de dezembro. De acordo com a pesquisa “Mapa da Violência 2011 – Os jovens do Brasil”, desenvolvida pelo Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça, a população jovem (dos 15 aos 29 anos) é a principal vítima de homicídios no país. De acordo com o estudo, a violência entre os jovens cresceu de maneira significativa no período de 1998 a 2008. Um outro dado mostra que a cada jovem branco dessa faixa etária que morreu em 2008, morreram, proporcionalmente, mais de dois jovens negros. Além disso, o estudo revela que esse quadro tende a se agravar, já que, de 2002 a 2008, o número de mortes entre jovens brancos caiu 30%, ao mesmo tempo em que aumentou 13% entre os jovens negros.

Na abertura da reunião, os ministros presentes destacaram que, diante desse cenário, a presidenta Dilma Rousseff decidiu colocar a questão como uma das prioridades do seu governo. Trata-se, segundo o ministro Gilberto Carvalho, de uma questão relevante, que representa o resgate da cidadania e a afirmação de direitos, tão defendidos pelo atual governo. O ministro ressaltou, também, que o problema exige medidas emergenciais e o envolvimento dos governantes e de toda a sociedade civil. No encontro de hoje, os representantes dos movimentos sociais e dos governos estaduais e municipais puderam conheceram as ações propostas pelo governo federal , criticar e sugerir outras iniciativas para compor o plano. Em seguida, o governo analisará as sugestões recebidas, acatando aquelas consideradas viáveis, para finalizar o documento que passará pela aprovação da presidenta Dilma Rousseff.

Para elaborar a agenda proposta, foram selecionados 135 municípios que , em 2009, responderam por 70% dos homicídios cometidos contra negros entre 15 e 29 anos. Isso inclui todas as capitais dos 27 estados brasileiros, além das cidades com mais de 100 mil habitantes em todo o Brasil.

FONTE: http://www.juventude.gov.br/noticias/2011/12/16-12-2011-forum-discute-acoes-de-combate-a-violencia-contra-a-juventude-negra

domingo, 4 de dezembro de 2011

AUTOS DE RESITÊNCIA SERÃO TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALERJ

AUTOS DE RESITÊNCIA SERÃO TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALERJ

BIBLIOTECA FALE-RJ

Olá, amigos e amigas, irmãos e irmãs de Caminhada!

Um novo projeto está pintando na área (um projeto permanente, de curto/médio/longo prazo): a BIBLIOTECA FALE-RJ”.

Hoje, é uma necessidade real oferecer “espaços locais” de formação para aqueles que militam pelo Reino de Deus, por Espiritualidade com Justiça, por Direitos Humanos.

Em parceria com a Igreja Batista da Redenção (Tomás Coelho – Rio de Janeiro – RJ), esse projeto será possível: o “espaço” será concreto e não apenas virtual (sim, já temos uma plafaforma de aprendizagem virtual, o link está indicado no site do FALE www.fale.org.br!)

A IB Redenção é periférica e central ao mesmo tempo!

Localizada na Zona Norte da cidade maravilhosa, fica próxima ao famoso Morro do Juramento e ao Metrô Engenho da Rainha (8 estações de distância da Central e também 8 estações da Pavuna). Central e Periférica, do jeito que o FALE gosta e precisa!

A ideia é acoplar à biblioteca da igreja local (que será revitalizada) um “acervo FALE”. Vamos começar com uma prateleira e ir crescendo aos poucos. O mais importante é dar uso aos livros. Fazer encontros em torno deles, ler, estudar, orar, formar, capacitar.

Fazer da formação um espaço de mobilização e da mobilização um tempo de formação!

Os próximos passos (ou como contribuir?)

- Ore por este projeto!

- Doe um livro que se enquadre nas áreas de Justiça, Política, Espiritualidade, Direitos Humanos, Juventude, Missão Integral e afins.

- Faça uma contribuição financeira para a compra de novos livros. A conta do FALE-RJ já está a serviço dos grupos Fale do nosso Estado!*

- Seja um voluntário** no momento inicial para a revitalização da Biblioteca da I.B. Redenção (não precisa entender de catalogações nem nada).

- Seja um voluntário** para ajudar com a manutenção da BIBLIOTECA FALE.

- Em breve, serão divulgadas datas para os primeiros encontros e uma lista dos livros que já teremos disponíveis para compor a Biblioteca e para os empréstimos (que funcionarão por agendamento virtual).

* CONTA FALE-RJ:

Banco do Brasil.

Agência: 4059-2.

Conta Poupança (Poupex): 21.168-0

Variação: 91.

TULIO MATOS RODRIGUES SANTIAGO.

A identificação da Variação (91) é muito importante, pois é exclusiva para o FALE-RJ. (é importante enviar e-mail para br.tulio@gmail.com com cópia para redefale.rj@gmail.com informando os dados do depósito e, se desejar, o destino específico do uso do dinheiro)

** Para ser um voluntário ou para qualquer informação adicional, envie um e-mail para redefale.rj@gmail.com, colocando como assunto BIBLIOTECA FALE

sábado, 26 de novembro de 2011

Conjuve aprova moção em defesa das cotas

Em sua 27ª Reunião Ordinária, o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) aprovou, na última quinta-feira (24/11), moção pela aprovação imediata do PL 180/2008, que está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. O PL prevê a regulamentação de reserva de vagas para negros/as (pretos/as e pardos/as), indígenas e egressos/as do ensino público nas universidades públicas e no ensino médio técnico federal.

Leia a moção na íntegra:

Pela aprovação imediata do PL 180 de 2008 – Dispõe sobre o ingresso nas Universidades Federais e Estaduais e nas Instituições Federais de Ensino Técnico de nível Médio e dá outras providências
A defesa do direito à Educação pública e de qualidade, questão fundamental a todos os segmentos da juventude brasileira, passa necessariamente pela defesa da democratização do acesso e permanência em todos os níveis de ensino no Brasil.
Nesse sentido, o Conjuve se manifesta pela aprovação imediata do PL 180 de 2008 – em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado –, que regulamenta a reserva de vagas para negros/as (pretos/as e pardos/as), indígenas e egressos/as do Ensino Público, nas Universidades Públicas e no Ensino Médio Técnico Federal.
As classes populares no Brasil , em especial negros/as e indígenas, são majoritários na educação pública em grande parte de seus níveis, mas minoritários no acesso às Universidades Públicas e às escolas técnicas de nível médio. Portanto, a aprovação do PL 180/2008 contribuirá decisivamente para a reparaçao das desigualdades historicamente acumuladas e que ainda são obstáculos fundamentais para ampliar os direitos de cidadania a todos e todas no país.
As ações afirmativas, que incluem as cotas ou reserva de vagas, são, hoje, uma realidade em número significativo de universidades públicas no país. O que quer dizer que o PL 180 regulamentaria estas iniciativas, consolidando-as instituicionalmente e ampliando-as para as demais universidades e para o Ensino Médio Técnico Federal. Desta forma, a não aprovação deste PL no Senado representaria um grande retrocesso.
Portanto, para o Conjuve, a aprovação do PL 180 é uma causa prioritária à juventude no Brasil e a toda sociedade brasileira.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

V de Vingança: Clone ou Terrorista?

V de Vingança: Clone ou Terrorista?


Marcus Vinicius Matos

Hoje ninguém mais subestima o poder das imagens. Um exemplo recente sobre o qual é preciso fazer esta discussão foi o uso das máscaras de Guy Fawkes por manifestantes nos movimentos Ocuppy em vários países.

Como é possível que um evento ocorrido em 1605, durante a Guerra Civil inglesa, possa ser reapropriado por uma das mais importantes mobilizações políticas globais do século XXI – as recentes ocupações organizadas por jovens nos centros financeiros e políticos de dezenas de cidades? A pergunta pode parecer boa, porque remete a eventos passados e coisas estranhas, causando certo assombro. Mas este é, na verdade, um falso problema. As máscaras de Guy Fawkes utilizadas por centenas – ou milhares – de militantes nos movimentos iniciados por Ocuppy Wall Street se referem, na verdade, ao filmeV de Vingança (2006), levado às telas globais a partir da comic novel homônima de Alan Moore, escrita entre 1981 e 1988 – quando o autor já notava o crescimento da suspensão de liberdades em nome da segurança ou do mercado, numa Inglaterra governada há mais de uma década por neoliberais. Mas isso também é óbvio.

Interessa nesse texto levantar a hipótese de que talvez o uso das máscaras da personagem “V” – terrorista e herói – por jovens, no mundo inteiro, seja o fato mais importante para a compreensão do fenômeno Ocuppy e suas implicações até o presente momento. Para isso, podemos dizer que o fenômeno do Ocuppyfunciona e se comporta como uma imagem. Uma mudança no regime de visualidade das imagens atuais – que se multiplicam de maneira descontrolada, quase como um vírus digital, a partir de sua produção no cinema, ou na internet – é uma das teses de W. J. T. Mitchell, que sustenta que as “bio-imagens” seriam a fundação técnica deste novo regime visual, estético, político e moral que corresponderia à biopolítica. Para compreendê-lo, seria necessário traçar aproximações entre alguns avanços técnicos e a violência política da contemporaneidade. A bio-imagem seria resultado da fusão de antigas formas espectrais e fantasmagóricas que, através das tecnologias digitais, alcançariam uma vida técnica. Especificamente, o autor destaca duas principais características deste novo regime visual, que seriam constitutivas de suas imagens: a possibilidade de sua multiplicação indeterminada, a “clonagem”; e o “terror” que as acompanha.

As figuras do clone e do terrorista seriam as chaves para compreender as mudanças constitutivas das imagens contemporâneas, e se expressariam em uma imagem, um ícone principal de nossa época: a figura de um homem mascarado (ou encapuzado), como aquelas produzidas a partir de prisioneiros torturados na base americana de Abu Ghraib. Estas imagens digitais carregariam fantasmas de imagens seculares e religiosas, semelhanças que provocariam personificações de figuras de soberania e sujeição, que acompanhariam “tradições cristãs, judaicas e muçulmanas”. Assim, as imagens de um indivíduo encapuzado – ou mascarado – seriam centrais porque reuniriam, em si, dois medos globais: o temor da clonagem, na possibilidade de que existam “inimigos sem rosto” com capacidade de se reproduzir em número infinito; e o medo do terrorismo como tática de guerra, onde às vezes é impossível determinar quem, ou “o quê” é o inimigo. O medo resultante desta junção entre clonagem e terrorismo seria responsável por promover uma paralisia política nas sociedades ocidentais.

A questão central aqui é a inversão total, na política e no direito, da relação entre as imagens e as palavras. O poder das imagens e, em particular, das imagens digitais produzidas no cinema contemporâneo – com suas posteriores mutações na internet – é inigualável. Um exemplo disso foi o que ocorreu com as imagens do filme Cavaleiro das Trevas (2008), que se multiplicaram em infinitas variações durante a campanha eleitoral pela presidência dos Estados Unidos da América (EUA), reproduzindo aleatoriamente clones de Obama-Jokere Batman-Bush não apenas pela internet, mas também em arte de rua. Estas montagens apontavam para a personificação do Estado de Exceção na figura dos heróis e dos soberanos, através de um arquétipo – o cavaleiro negro, figura recorrente na literatura ocidental – que, como já argumentamos, relaciona-se com a suspensão da ordem e a transgressão pelas razões de Estado.

Como um duplo simétrico e invertido deste argumento, a figura do herói e terrorista “V” talvez funcione como personificação do contrário do Estado de Exceção, mesmo de seu antídoto: a personificação do Poder Constituinte – ou da Soberania popular – na Multidão que ocupa os centros financeiros das cidades. É como se a máscara do herói, multiplicada sem controle, se tornasse o maior símbolo de resistência ao capitalismo financeiro mundial, através das ocupações urbanas que tomam conta dos centros econômicos mundiais. Curiosamente, na narrativa de “V de Vingança”, a personagem nasce – ou renasce – através de testes biológicos com um vírus, do qual “V” é o único sobrevivente. Seus criadores são, ao mesmo tempo, seus maiores inimigos; seus poderes vêm da monstruosidade ética daqueles que o aprisionaram.

Neste contexto, as imagens ocuparam um papel central na vida: seu poder de mobilização, de multiplicação incontrolável e de ressignificação por meio das técnicas só são comparáveis ao poder de entidades de poder abstrato e imensurável – de características divinas – como o Mercado, ou o Estado. E o papel ocupado pelas imagens se tornou mais importante do que aquelas instituições. Esta é apenas uma das conseqüências da de-simbolização provocada pela técnica, que isola culturalmente os indivíduos.

Justiça e Vingança podem ser coisas diferentes, mas as vezes coincidem. O mercado é tão técnico, de-simbolizado e incompreensível no momento, que esbarrou num paradoxo fundamental (ou fundante): se é independente da política, se não pode ser regulado para que seja livre; como podem as decisões que salvam os mercados financeiros de suas crises vir das mãos dos políticos? Se eles podem salvar investidores, bancos e sistemas, devem poder mudar a realidade injusta em que vivemos. Se podem até emprestar suas imagens soberanas para campanhas publicitárias inusitadas, com beijinhos bonitinhos entre inimigos, talvez seja nesse gesto – o uso da máscara – que resiste o germe da redenção.

Portanto, aqueles que dizem que não há agenda por trás das propostas dos “99%” que se manifestam em Ocuppy All streets, ou agem de má fé, ou simplesmente não conseguem entender estas mudanças – ou não querem conviver com elas. Talvez não haja palavras de ordem simples, que busquem reformas específicas, pontuais e técnicas para os dilemas que vivemos. Mas as imagens produzidas por estes movimentos, constituídos por jovens que já nasceram nesse novo regime visual, dão sentido concreto a este mundo onde ficção e realidade já não são mais acessíveis diretamente nem simbolicamente, mas apenas em termos técnicos e de eficácia. Por trás das máscaras de “V” resiste uma multidão de anônimos que se recusa a se submeter as mãos invisíveis do mercado e aos olhos onipresentes dos Estados que os vigiam.

FONTE: http://revistapittacos.org/2011/11/20/clone-ou-terrorista/

sábado, 19 de novembro de 2011

FALE contra o trabalho escravo!

VOCÊ QUE É A FAVOR DO TRABALHO ESCRAVO, NÃO FAÇA NADA! FIQUE COMO ESTÁ!
VOCÊ QUE É CONTRA, DEIXE PELO MENOS SUA ASSINATURA!


Rede FALE São Paulo lança campanha contra trabalho escravo

FONTE: http://redefale.blogspot.com/2011/11/rede-fale-sao-paulo-lanca-campanha.html

Um dos graves problemas que ainda precisa ser superado é o trabalho escravo. Nas áreas rurais, muitos vivem em situação de penúria, como indica relatório da Organização Mundial de Trabalho. Nas áreas urbanas, os principais casos de escravidão ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde muitos imigrantes são latino-americanos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários. Apesar das recentes denúncias, a impunidade é grande e dos principais obstáculos na luta contra essas formas modernas de escravidão.

Preocupada com essa situação e com o apoio do USINA 21 - Jovens, Ideias e Transformação Social, a Rede FALE em São Paulo está promovendo um abaixo-assinado online” Fale contra o trabalho escravo em São Paulo”. Leia na íntegra, o abaixo-assinado:

FALE CONTRA O TRABALHO ESCRAVO EM SÃO PAULO

Exmo. Sr. Deputado Barros Munhoz, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,

Considerando o Artigo IV da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que define que “ninguém pode ser mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos são proibidos em todas as suas formas”;

Considerando, igualmente, as garantias aos trabalhadores urbanos e rurais previstas no art. 7o. da Constituição Federal, dentre as quais: salário mínimo; piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais; entre outras;

Considerando, ainda, denúncias que relatam casos de imigrantes que são submetidos a dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, principalmente na região metropolitana de São Paulo;

Considerando, também, que tais denúncias retratam claramente uma violação dos Direitos Humanos e do texto constitucional;

Nós, como sociedade civil organizada e com a articulação integrada da Rede Fale em São Paulo e apoio do Usina 21 e de outras entidades e movimentos, por meio deste abaixo-assinado, reivindicamos: Instauração imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes de trabalho escravo nas áreas urbanas ou rurais de SP, conforme o Requerimento Nº 1479, de 2011, protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 23/08/2011, publicado no Diário Oficial de 24/08/2011.

O trabalho escravo, que é afronta ao ser humano, é também uma afronta ao Criador, pois cremos que quando um homem ou mulher é aviltado em sua dignidade, é o próprio Deus que é desonrado. Lembramos que o trabalho dos senhores é “... defender os indefesos, para assegurar que os prejudicados tenham uma oportunidade de justiça. O trabalho de vocês é proteger os fracos, perseguir os que os exploram” (Salmos 82.3-4).

Para manifestar seu apoio, deixe sua assinatura clicando aqui

Para divulgar no Facebook, clique aqui


Para saber mais sobre o assunto, veja abaixo:







quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Um convite ao diálogo: discriminação racial e cotas na universidade

Ainda pra celebrar a Semana da Consciência Negra (que virá!), partilho aqui no blog um texto que foi publicado como parte do Informativo ENTRE NÓS da ABUB em meados desse ano que já está quase no fim!

Um convite ao diálogo: discriminação racial e cotas na universidade

Pedro Grabois

“Aprendei a fazer o bem! Buscai o direito, corrigi o opressor! Fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva! Então, sim, poderemos discutir, diz o Senhor” ( Isaías 1:17-18a)

Eu costumava interpretar esse versículo de maneira muito pragmática, a ação vinha sempre antes da discussão. Como ficava então o meu anseio por discutir, pensar, refletir, arrazoar?

Cedi àquela vontade e fui cursar Filosofia, para alguns um curso muito teórico e pouco prático. Minha crise se resolveu quando entendi que teoria e prática, pensamento e ação já não caminham separados. O trabalho que eu posso desenvolver, como “filósofo”, como pesquisador, como diagnosticador do presente tem um papel fundamental para as ações que nós cristãos podemos empreender para transformar realidades à luz do Reino de Deus.

Descobri, na Filosofia, um caminho não muito óbvio de contribuição para a Missão na qual todos tomamos parte. Não muito óbvio porque muitas vezes o rigor conceitual (um “preciosismo”) da Filosofia não me deixa trabalhar diretamente com “dados empíricos”. Na pesquisa que desenvolvo, estudo as relações entre ética, formas de conduzir a vida e formas de resistir a diferentes “opressões” (para simplificar). Não estudo ali diretamente o fenômeno da religião e da espiritualidade, mas eu o vivencio a cada dia.

Caminhando com a ABU na universidade, aprendi a diagnosticar também o tempo presente e os vários problemas e injustiças que o perpassam. Na ABU e a partir dela, descobri um universo social muito plural, descobri o quanto são diversos os “atores sociais” (dentre os jovens e os já não tão jovens) que mobilizam mudanças importantíssimas para a atualidade. Falar e agir com – vou usar um conceito antigo – responsabilidade social não é fácil. Pensar então no nosso papel político enquanto juventude evangélica na universidade brasileira é mais complexo ainda. Os temas são muito espinhosos, há muitas opiniões, muitas discordâncias, algumas convergências.

Um assunto nada fácil do qual tenho me aproximado bastante é o problema do racismo. Aqui coloco minha opinião e minha posição sobre o tema, isto é, sempre é possível discordar do que vou dizer, mas não digo nada aqui sem embasamento. Embora a dialética já não seja mais paradigma na Filosofia, quero, dialeticamente, junto com o texto de Isaías, agir e refletir, refletir e agir. E é pensando este tema que eu gostaria de encerrar este texto.

A discriminação racial continua sendo uma realidade hoje no Brasil. É muito difícil verificar o preconceito racial em atitudes individuais porque isso é sempre muito velado, disfarçado; é tudo muito sutil e cordial. É preciso combater esse tipo de atitude, obviamente, mas não é somente contra esse racismo que precisamos lutar. É preciso combater o racismo estrutural, uma forma de discriminação por raça que se estabelece nas estruturas de organização da sociedade e em instituições como hospitais, escolas, empresas, universidades, bancos, etc. A população negra continua tendo menor acesso à saúde e à educação, e continua sendo maior alvo da violência nas comunidades populares e periferias do Brasil. Se olharmos e interpretarmos os dados da desigualdade social do país, perceberemos que mesmo entres os mais pobres, há desigualdade entre brancos e negros. Os negros continuam tendo piores condições de vida. Uma política universal para potencializar a vida das populações em geral não iria dar conta desse problema. É preciso agir também pensando a partir dessa especificidade da população negra. Promover políticas de ação afirmativa para as pessoas negras é uma forma de reparar os aspectos discriminatórios que as impedem de ter acesso às mais diversas oportunidades. No caso da mulher, por exemplo, vem-se criando as delegacias policiais especializadas na questão de gênero. No caso da juventude negra, vem-se discutindo o polêmico tema da política de cotas.

Como não posso me alongar aqui, também não vou completar toda a minha argumentação sobre o tema, a Filosofia me pede uma paciência maior! Mas é também a Filosofia e ainda a fé nesse Deus que transforma situações concretas de injustiças que me ensinam a estar atento ao presente, a diagnosticar e agir sobre essa atualidade, sabendo que Deus apresentou os princípios para nossa ação em Jesus, a Palavra encarnada. Assim, nós, Aliança ao mesmo tempo Bíblica e Universitária, veremos como sendo tarefa nossa discutir, com humildade, respeito e indignação, estas difíceis questões: o acesso e a permanência de jovens nas universidades brasileiras. E veremos como agenda: combater o pecado do racismo, a partir do nosso arrependimento.


FONTE: http://www.abub.org.br/compartilhe/informativos/entre-nos/item-artigos/2011/06/um-convite-ao-dialogo-discriminacao-racial-e

Consciência Negra e algumas leis...

Para comemorar a Consciência Negra (lembrando que se comemora nacionalmente o Dia da Consciência Negra todo 20 de Novembro) vale a pena conhecer o Estatuto da Igualdade Racial (Lei n. 12288, de 20 de Julho de 2010).

Vale a pena ficar a par também de um projeto de lei que tramita no Senado e que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e estaduais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Trata-se do PLC 180/2008. A lei está para ser votada nos próximos dias: para ver a tramitação acesse aqui.

Não dá mais pra esperar! Cotas já!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Encontro Capacitação RENAS no RJ: dia 19/11

A Rede Evangélica Nacional de Ação Social


convida para o encontro de capacitação


Bíblia, oração, palestras, comunhão e ação

- A igreja e a segurança alimentar e nutricional –“Dai-lhes vós de comerDaniela Frozi (Consea)

- A igreja e os conselhos de direitos“Executai a justiçaLucy Miranda (Cons. Mun. dos Direitos da Criança e Adolescente-RJ)


19 de novembro de 2011, de 9 às 12horas


Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro:Rua Adolfo Bergamini, 158 – Engenho deDentro(Ao lado da Estação de trem)

Informações e inscrição:

21-3555 1264 ou

renasrio@gmail.com

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Afrocentricidade

O livro "Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora", organizado por Elisa Larkin Nascimento, abre com a seguinte epígrafe:

Cheik Anta Diop afirmava, com todo o rigor, que "raça" é uma construção fenotípica e sociocultural, não uma condição biomolecular. Ele dizia com frequência que é possível um sueco e um banto sul-africano serem geneticamente mais próximos entre si do que cada um deles a outras pessoas de sua própria raça. Mas, na África do Sul de 1980, o sueco seria um homem livre, enquanto o banto seria mais um integrante da maioria oprimida e violentada pelo apartheid. Diop dizia, também com referência à África do Sul de 1980, que os brancos costumam negar a realidade das raças ao mesmo tempo que tentam destruir uma raça. Geneticamente, não pode haver raças; a noção fenotípica e sociocultural de raça ainda define a maioria das relações humanas até hoje.

(Charles S. Finch III)

sábado, 20 de agosto de 2011

VIDA PARA A JUVENTUDE + CONFERÊNCIAS



VIDA PARA A JUVENTUDE, EU QUERO, E VOCÊ?

Olá, amigos falantes, abuenses, renasjovenses (hehe), de igrejas locais, denominações, ou simplesmente jovens de toda a parte e etc.!

Na sexta-feira (dia 19/08/2011) à noite participei de uma ação evangelística na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro.
As várias igrejas ali (alguns falantes tbm presentes!) reunidas tiveram a oportunidade de abraçar, orar, conversar com as pessoas que estavam lá na "cracolândia" na linha do trem.

O "Abraço de Jesus" foi realmente um momento de transformação, com certeza na vida dos que foram até lá para abraçar, e tenho fé e esperança que também tenha sido momento de reconciliação para muitos que estavam ali para fazer uso da mais variada oferta de drogas e na maior concentração que eu já tinha visto até então...

Fiquei obviamente mexido com aquilo. Minha humanidade se modificou, minha relação com Deus e com o próximo se modificaram.

Mas minhas convicções permaneceram.

Quem eu encontrei lá? Em sua maioria, jovens, pobres e negros. Tudo o que tenho pensado e procurado fazer no Fale, na ABU, na RENAS, no Conjuve, na igreja, etc. estava ali diante de mim ao vivo e a cores, de uma forma bastante incomum.

Minha constatação de que os jovens neste país vem sendo sistematicamente eliminados permanece. Precisamos continuar agindo!

Estamos procurando envolver aqueles que em geral não se mobilizam para essas coisas de "política e ação social". Quando mobilizamos diferentes igrejas, diferentes juventudes que estão presentes nas comunidades, nas cidades da Baixada, nas periferias, temos grandes chances de transformar a nossa participação talvez muito viciada pelo "cada um no seu quadrado".

Quero convidá-los a somarem com o esforço da realização das Conferências Livres de Juventude. São (mais que) eventos que contribuem para a participação desses jovens que vem sendo excluídos de várias formas, talvez mais sutis que as situações que encontramos na cracolândia, mas ainda assim, formas de exclusão.

Se liguem e separem essas datas! (estão próximas!)

Conferências Livres de Juventude

=> Dia 3 de setembro a partir de 10h - Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu
(Endereço: Rua Cel Francisco Soares, 472 Centro - Nova Iguaçu)

=> Dia 10 de Setembro a partir de 13h - Igreja Batista Redenção (Endereço:
Travessa Buquira, 151 - Thomás Coelho - RJ )
[contato: conferencialivrerio@gmail.com]

Conferência Municipal do Rio de Janeiro
=> Dias 17-18 de Setembro - 1a Conferência Carioca de Juventude (etapa municipal da 2a Conferência Nacional de Juventude [Dezembro/2011]) - NESTA ETAPA É POSSÍVEL INDICAR E ELEGER DELEGADOS PARA A ETAPA ESTADUAL
inscrições pelo blog:
http://conferenciacarioca.blogspot.com/ (FICHA DE INSCRIÇÃO ONLINE)


Conta (FALE-RJ) para contribuir (financeiramente) com realização das conferências:

Banco do Brasil
Agência: 4059-2
Conta Poupança (Poupex): 21.168-0 Variação:91
TULIO MATOS RODRIGUES SANTIAGO
(envie um e-mail informando os dados do depósito)


Estou disponível para outras informações, etc.

Abraços, com Fé, Esperança e Amor!
Pedro F. Grabois.



OUTRAS INFORMAÇÕES:

CONFERÊNCIA ESTADUAL DO RJ: http://conferenciajuventuderio.blogspot.com

CONFERÊNCIA NACIONAL DE JUVENTUDE 2011: http://conferencia.juventude.gov.br/

quarta-feira, 27 de julho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

Por onde tenho andado...

Amigos e amigas, tenho andado corrido e não usado muito este espaço (o blog). Mas aproveito para divulgar por onde tenho andado (publicado).



  • Para a Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB - www.abub.org.br) produzi três breves textos:
É isso. Os textos tem endereços e momentos próximos mas diferentes, aqui estou apenas agrupando-os. Espero poder contar com a colaboração de vocês nos pensamentos e ações que ainda precisamos avançar! Entre em contato: pedrojustica@gmail.com

terça-feira, 31 de maio de 2011

Calendário das Conferências de Juventude em 2011

A 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude será realizada sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de Juventude, com etapas livres e eletivas a partir da publicação deste Regimento, sendo a etapa nacional realizada entre os dias 09 a 12 de dezembro de 2011.

As etapas que antecedem à etapa nacional da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude serão realizadas nos seguintes períodos:

I - Conferências Livres: de 01 de junho de 2011 a 30 de setembro de 2011;

II – Conferências Municipais, Regionais e Territoriais: de 01 de junho de 2011 a 31 de agosto de 2011;

III – Conferências Estaduais e do Distrito Federal: de 01 de setembro a 31 de outubro de 2011;

IV – Consulta Nacional aos Povos e Comunidades Tradicionais: até 31 de agosto de 2011.

(informações retiradas do Regimento Interno da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, disponível no sítio www.juventude.gov.br)

IMPORTANTE: Se você tem interesse em realizar uma Conferência Livre na sua igreja, escola, universidade, bairro, associação, comunidade, etc., entre em contato (pedrojustica@gmail.com). Em breve, repassaremos mais informações sobre as Conferências Livres de Juventude.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Em Cine - Ciclo de debates: Santiago

EM CINE - CICLO DE DEBATES


Sobre relacionamentos familiares

Toda última 4ª feira do mês será exibido um filme,

acompanhado de debate coordenado por um profissional especializado


Exibição do filme:

Santiago

de João Salles (Brasil, 2007)


Tema:

Encontro entre o pesquisador e seu outro na produção de conhecimento em ciências humanas


Sinopse:

O filme é sobre Santiago, mordomo que trabalhou por mais de trinta anos na casa onde João Salles, diretor do filme, crescera.

As imagens foram realizadas em 1992, mas o filme não foi editado. Mais de treze anos depois, o diretor retomou o material bruto,

produziu este documentário que revela pouco a pouco os motivos pelos quais não conseguiu editá-lo na época da filmagem.


Coordenação do debate:

Danilo Godinho

Bacharel em Psicologia PUC/RJ, mestre em Psicologia Clínica pela PUC-RJ e bolsista CAPES 2009/2010.


Data: 25 de maio de 2011 (4ª feira)

Horário: das 17:30 às 20:30

Local: UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524,

10º andar, Bloco D, sala 10.030, SPA - Maracanã

Inscrições no local


Informações: (21) 2334-0872 ou proadol@uerj.br

Conferimos declaração de participação


ENTRADA FRANCA - Classificação livre


Realização:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Instituto de Psicologia- IP

Programa de Formação em Direitos da Infância e da Juventude - Pró-Adolescente

quinta-feira, 5 de maio de 2011

2a Conferência Nacional de Juventude a caminho!

Decreto do Regimento Interno é assinado durante primeira reunião da Comissão Organizadora da Conferência

Publicado por: Administrador, em 05/05/2011

Divulgação

A primeira reunião da Comissão Nacional Organizadora (CON) da II Conferência Nacional de Juventude foi marcada pela assinatura da portaria do Regimento Interno da Conferência pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto de Carvalho. Em visita breve, o Ministro aproveitou para saldar e agradecer os participantes da Comissão pelo compromisso assumido com o processo da Conferência. O Documento foi publicado nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial da União.

A Comissão, composta por 15 membros da sociedade civil do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e 18 membros do poder público. O encontro foi dirigido pela coordenadora geral da Conferência, Ângela Guimarães, e teve como primeiro ponto de pauta o debate sobre a temática da Conferência. A proposta é que a discussão gire em torno da aprovação do Plano Nacional e do Estatuto da Juventude, marcos legais em tramitação no Congresso.

Segundo o deputado federal Reginaldo Lopes, que participa da Comissão pela Frente Parlamentar da Juventude da Câmara Federal, mesmo que o Plano seja aprovado pela Câmara antes do término da Conferência, vale a pena a discussão que poderá modificar o documento que ainda será avaliado pelo Senado Federal.

A pauta da reunião seguiu com os informes sobre as ações da Secretaria Nacional de Juventude em relação à estrutura da Conferência e a escolha do Comitê Executivo, formado por 6 membros da Comissão Organizadora Nacional e que assumirá as ações mais práticas para o funcionamento da Conferência, além das decisões emergenciais. Compõe o Comitê 3 membros da Secretaria Nacional de Juventude e 3 membros do Conjuve.

A reunião terminou com a aprovação da primeira resolução da Comissão que versa sobre o funcionamento das etapas estaduais da Conferência. A resolução indica normas para facilitar os eventos estaduais e a escolha dos representantes nos Estados.

Recomendações – Carlos Odas, um dos organizadores da I Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, foi convidado a dar boas vindas aos componentes da Comissão e aproveitou para explicar como funcionou a etapa anterior. “A figura dos mediadores foram imprescindíveis em todo o processo da Conferência de 2008”, alertou Odas.
Outra recomendação veio da ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que também passou pelo encontro. Ela lembrou que os jovens em sistemas carcerários e os jovens com deficiência não devem deixar de participar do processo e propôs uma reunião de trabalho para tratar da questão da grande taxa de homicídios de jovens negros no país.


FONTE: http://www.juventude.gov.br/2011/05/05/decreto-do-regimento-interno-e-assinado-durante-primeira-reuniao-da-comissao-organizadora-da-conferencia/


Acesse o link acima referido para ter acesso aos documentos sobre a Conferência já disponibilizados!