segunda-feira, 26 de maio de 2008

Eleições do Conselho Tutelar - 1º de Junho

repassando informações...
"Eleições do Conselho Tutelar
Dia:01/06/2008Horário: 9 às 17 horas

Apesar de ter pouca (ou senão nenhuma) divulgação na mídia é importante que cada um faça a sua parte. O Conselho Tutelar é o órgão encarregado de garantir os direitos fundamentais da criança e do adolescente: direito à vida (leia-se com dignidade), à saúde, à educação com qualidade, à liberdade, o direito à cultura, respeito, esporte, lazer, formação profissional. As atribuições desse Conselho estão expressas no Estatuto da Criança e do Adolescente. O Conselho Tutelar é composto de 5 membros diretamente, escolhidos por eleição, pelos cidadãos. No RJ, são 10 Conselhos Tutelares, então no próximo dia priemeiro serão eleitas 50 Conselheiros Titulares e 50 Suplentes.Para votar basta levar o Título de eleitor e documento de identidade. O local de votação é baseado em sua zona e seção eleitoral, bastando visitar o site: http://www.cmdcario.rj.gov.br/dowloads/del_701.doc
A eleição é organizada pelo Conselho Municipal dos direitos da Criança e do Adolescente sob a fiscalização do Ministério Público. Não deixem de votar com consciência!! !
Thaís Marçal"
Leia o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), clique na referência colocada na coluna da direita.

domingo, 25 de maio de 2008

O PODER DA ARTICULAÇÃO

Numa contribuição ao artigo Os evangélicos e o combate à fome, que faz parte do livro TIVE FOME, publicado pela ABU Editora, o pastor Levi Corrêa diz o seguinte:
-
"Precisamos buscar uma sinergia que se fortaleça a partir do respeito à diversidade dos atores evangélicos conscientizados de seu papel na proclamação do evangelho integral no combate a todas as fomes, através de ações emergenciais e estruturais."
-
"Creio que tal sinergia só ocorrerá se exorcizarmos o conceito errado que temos em nosso meio sobre as articulações; se denunciarmos e combatermos as nossas crises de protagonismo; e se nos arrependermos de nossa postura letárgica, disfarçada de prudência, frente às demandas sociais do nosso povo."

terça-feira, 20 de maio de 2008

BALADA PARA OUTRAS ISABELAS

Tenho aprendido muito com a realidade do Abrigo ALMA (www.alma.org.br). Não é nada fácil pra uma pequenina criança que mal começou a vida, já ter uma história de violência e abandono com marcas e seqüelas em seu corpo e em seu espírito. Infelizmente, essa realidade que é muito comum em abrigos do país afora fica na invisibilidade. A sociedade pouco clama por justiça para essas crianças.
A tragédia da menina Isabela me deixou muito triste e intrigado como todos, mas toda a repercussão e exploração da mídia me fez pensar bastante. Não escrevi um texto sobre, mas encontrei a mesma indignação que tenho dentro de mim numa poesia que circula hoje pela internet! Recebi-a por e-mail! Leiam e clamem por justiça!


"BALADA PARA OUTRAS ISABELAS
lisieux

Olá! Eu vim lhe contar
um pouco da minha história...
Peço atenção, seu "dotô",
um instante, não demora...

Meu nome não é Isabela
nem "caí" de uma janela
do quarto no sexto andar...
(será que pensaram, os insanos,
que ela sabia voar?)

Não moro num prédio equipado,
não tenho motos, brinquedos,
nem piscina pra nadar...
Eu brinco, às vezes,
nas poças de chuva,
com gatos, latinhas,
bolinhas de gude...
isso quando não tenho
que a mãe ajudar...

Não sei dançar, e não brinco
como menina educada,
porque aprendi, desde cedo,
lá no morro onde nasci,
que não importa o sexo da criança:
menino ou menina, a experiência,
é viver o teatro
da sobrevivência...

Não me chamo Isabela...
nem fui morta (ainda)
por meu pai ou madastra...
mas morro um pouco,
a cada dia,
quando sou espancada.

E morro também,
assim, engasgada,
obrigada a me calar
quando tenho mãos sobre mim...
nem sempre a me sufocar,
mas explorando,
de um jeito esquisito,
que nem entendo direito,
o meu corpo sem contornos...

Meu nome, não é Isabela...
Não tenho cabelos lisos,
nem tenho olhinhos espertos...
Ao contrário: meus olhos são opacos,
talvez, por não querer enxergar
minha dura realidade...

Também não faço teatros,
lá no palco da escolinha
... isso não é para mim...
Quando vou à escola,
é somente pra comer
a merenda que me dão...
pois muitas vezes, em casa,
não temos sequer o pão...

O máximo que sei é correr:
morro abaixo, morro acima,
entre os carros dos sinais...
para ganhar um trocado,
ou para fugir dos adultos,
que insistem em me machucar...

Eu não me chamo Isabela...
mas, como ela,
(ou até mais!)
eu sofro... e diariamente...

Tenho marcas de pancadas,
queimaduras de cigarros,
tenho ossos fraturados,
boca sangrando, hematomas,
que mãos e pés gigantescos
me provocam sem motivo...

Não morri, como Isabela...
Ainda não... mas irmãos,
amiguinhos, conhecidos,
eu sempre vejo morrer...

Quem matou? Nunca se sabe...
"ele caiu", "tropeçou"
"queimou-se por acidente"
"estrupada?", "coitadinha"...
"não fui eu", diz o padrasto,
"nem eu", diz a mãe omissa...
e eles não têm nem quem reze
para eles, uma missa...

Eu não me chamo Isabela...
sou Maria, Rita, João...
Sou Josefina, sou Mirtes,
sou Paulo, Sebastião...
Sou tantas, tantas crianças,
que todo dia a omissão
de todos deixa morrer...

Engraçado é que ninguém,
faz passeata por mim
a imprensa não divulga,
o "figurão" não se importa,
a classe média não grita,
os ricaços dão de ombros...

Que hipocrisia é essa,
de chorar por uma só?
São tantas as Isabelas
violentadas sem dó...

Mas que importam
os escombros,
a escória da sociedade?

Se não me chamo Isabela,
não mereço piedade.



Que o triste caso da pequena Isabela, sirva pra que abramos os olhos para o que acontece, todos os dias, com as nossas crianças..."

-

-

Quero lembrar aqui também do ECA, acesse-o aqui no blog (coluna da direita)! Tem uma relação com a poesia apresentada acima!

"É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor." (Artigo 18 do ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Oração com olhos e ouvidos atentos

Na nossa caminhada em missão integral, o cultivo de uma vida de oração nos traz lembrança do sagrado, da eternidade, no cotidiano ordinário. Além disso, a prática do serviço diaconal ao próximo anda também no mesmo rumo, principalmente, quando lembramos o que o Senhor Jesus disse em relação aos pequeninos que têm fome e sede, são estrangeiros, estão nus, enfermos e presos (Mateus 25: 31-46), nos possibilitando a vivência do Reino de Deus com a presença de Jesus no necessitado, que é imagem e semelhança do Criador.
-
Diante disso, podemos pensar numa oração diaconal, ou seja, uma oração vivenciada no serviço ao próximo, ao necessitado, ao pobre. Para isso, devemos estar atentos a uma educação de nossos sentidos em relação àquele que necessita. É comum orarmos de olhos fechados (sem nenhuma justificativa clara, bíblica ou teológica). Entretanto, a oração no contexto da missão integral deve ser feita de olhos e ouvidos bem abertos.
-
O profeta Habacuque tinha os ouvidos atentos ao sofrimento alheio. Seu livro é um diário de oração, em que registra suas inquietações diante da violência e injustiça causadas pelo avanço bélico do império babilônico. Interessante é a “canção de zombaria” (2: 6-20) dos povos atacados pela Babilônia e que “um dia ririam” de seu opressor. As exclamações, os cinco ais, do livro são imprecações que não eram raras na Antigüidade, expressando desprezo e desejo de vingança em relação àquele que trazia guerra, violência, dor e destruição. Podemos fazer uma pequena digressão para observar que por trás dos ais “prometidos” aos babilônios havia, primeiramente, os ais dos povos oprimidos que sofriam os ataques da guerra.
-
É necessário, portanto, educar nossos ouvidos para perceber os gritos de violência e injustiça sofridas, muitas vezes diariamente, sem, no entanto, haver uma guerra iminente, como era no contexto do profeta Habacuque. Esse tipo de percepção deve preencher nossa vida de oração, como uma atitude profética.
-
Já, Amós, o vaqueiro-profeta de Tecoa, não acreditava no que via, no sentido que ele foi despertado para exercer sua vocação a partir de seu olhar, daquilo que estava diante de seus olhos, diariamente. Ele vivia cuidando de rebanhos e de figueiras bravas (7: 4-15) e foi nesse contexto, e não em escolas de profetas, que Deus lhe abriu os olhos para as injustiças e desobediências das nações ao seu redor, inclusive Judá e Israel.
-
Aqui, temos é uma exortação para que abramos os olhos, de forma profética, diante de nossa realidade, da realidade brasileira, no nosso entorno próximo, seja em nossa vizinhança, seja na universidade, na comunidade eclesiástica, na cidade, no estado, na região, no país, na América Latina, no mundo globalizado.
-
Com olhos e ouvidos atentos ao próximo e a nosso contexto, nossas orações convidarão o Reino de Deus (Venha o teu Reino!) para perto, encontraremos, Jesus no outro e atuaremos como profetas denunciando injustiças e anunciando as Boas Novas.

Rodolfo Silva
Acessor de Diaconia da ABUB
-
(Este texto foi publicado originalmente no Respondendo ao Chamado. O RAC é um informativo semestral da Rede FALE.)

terça-feira, 6 de maio de 2008

1º Encontro de Capelania em Ita

Sábado, 17 de maio de 2008, 9h às 17h
-
Palestra 9h - 12h30
Almoço 12h30 - 14h
Oficinas 14h - 17h
-
Assuntos
Capelania hospitalar, enlutados e prisional
-
Tema
Fazendo a minha parte
-
Inscrições
Igreja Batista Itacuruçá
Praça Barão de Corumbá, 49 - Tijuca, Rio
Tel. 2570-2248 ou pelo site www.itacuruca.org.br
-
Divisa
"Pois eu estava com fome e vocês me deram comida...
estava sem roupa e me vestiram... estava doente e foram me visitar" - Mateus 25.35,36
-
-
[Será fornecido certificado de participação]