quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Debate sobre Responsabilidade Social da Igreja

Estava pensando o quanto que ainda se confunde ou se limita o que é ou o que deve ser a Responsabilidade Social da Igreja. Vamos aproveitar o trecho abaixo de um texto* de Carlos Queiroz para debater sobre isto. Pensemos em torno das palavras: responsabilidade social, missão da igreja e política.
"Quais os códigos na cabeça de um evangélico quando lê ou escuta a expressão “responsabilidade social”? Usaremos um episódio que nos ocorreu, para ilustrar como imaginamos que a maioria das pessoas pensa. Fomos convidados para falar num encontro, em Belém-PA, sobre a missão social da igreja. Alguns dias depois de confirmada a nossa presença, o pastor responsável pelo evento, nos fez um contato lamentando que não seria possível a nossa participação, porque havia tomado conhecimento, que além de falarmos da missão social, incentivávamos outras atividades como a organização popular, o engajamento de crentes em sindicatos, associações de bairro e ainda falávamos contra o governo e as autoridades. Como gostaríamos que tais elogios fossem mais reais em nossa prática ministerial. O episódio despertou a curiosidade de percebermos o que se estava querendo repassar para os membros das igrejas sobre a questão social. Observamos que em geral, há uma preocupação de como se começar um projeto social de assistência. Isto é nobre e um passo louvável, mas não é isso apenas que deve ser chamado de responsabilidade social da igreja."
O que podemos chamar então de responsabilidade social da igreja?
*O texto integral chama-se Evangelização e Responsabilidade Social, é da autoria de Carlos Queiroz.

6 comentários:

Anônimo disse...

Há uma visão tosca que permeia a igreja que é a visão da apatia diante das máculas da sociedade. Costuma-se pensar que ser cristão é ter pena do seu semlehante por estar pedindo na rua. Vivendo no Rio de Janeiro passamos a encarar com essa piedade programada os mendigos que vemos todos os dias o que nos leva à mesma posição de indiferença de qualquer outro traseunde. Da mesma forma acontece quando pensamos nos desempregados e nos favelados. Temos pena e nada mais. Cada vez mais acredito que o evangelho de Cristo foi esquecido exatamente por quadros como esse pensamos que o amor que Jesus ordena que tenhamos se limita ao campo do sentimento e esquecemos que Ele veio para libertar os cativos e declarar que o os oprimidos serão libertos de seus opressores (Lucas- 04:18) e que essa é a nossa responsabilidade enquanto seu corpo e seus imitadores. A responsabilidade social da igreja é encarar com revolta o caos que se faz na sociedade e agir incisivamente na pretensão de substituir as bases dosistema que rege o mund que nos cerca. Acho que é mais ou menos isso.

Pedro Grabois disse...

Fala Levi,
é, o que você disse é bem por aí mesmo. Acabamos enquadrando tanto o Evangelho de Cristo que ele deixa de ser o que é e se reduz à pena pelas pessoas, à um sentimento de amor pelas pessoas, mas que acaba não incluindo uma ação de amor por elas. Quando chegamos a agir, ficamos no politicamente correto, que muitas vezes limita nossa ação. Tudo no fim acaba se traduzindo em indiferença novamente, que é algo bem diferente dos ensinamentos dos Evangelhos.
Um abração cara,
Pedro Grabois.

Pedrô Lunaire disse...

O Cadu me mandou essa mensagem e achei interessante postá-la aqui. Me fez pensar bastante...

"Olá, meu caro
Estou intrigado com a frase de abertura do blog 'buscam por justiça de formas erradas'. Se esta fala tá na boca do injustiçado, é evidente, no meu sentir, que se justificam as buscas destrambelhadas por justificação; a dor é medular, o grito exatemático. Não espero ordem e coerência na aflição, nem beleza na miséria. Injustiça é uma doença desgraçada que corrói a alma humana e enche de lágrimas os olhos de Deus. Porém, a fala estando na boca dos baluartes da justiça, me estranha o distanciamento da eminência dos fatos, como se justiça não fosse urgente/urgentíssima.

Suas iniciativas me fascinam, só Deus sabe o quanto sou grato por ser seu amigo/irmão. Te amo, cara.
Cadu"

Pedro Grabois disse...

Cadu,
o que você diz procede e muito. Quando digo "de formas erradas" não é algo unilateral, é relativo já ao que eu já tenho visto. Muitas vezes em nome da Justiça, da Paz, de Deus, da Liberdade, etc faz-se coisas terríveis por aí... Neste sentido, eu já rejeito certas formas de se fazer justiça, que no fim só causam mais injustiça...
É isso,
Um abração,
Pedro.

Marcos Vichi disse...

É necessário que os evangélicos comecem a perceber que a luta por justiça é uma atitude espiritual em completa concordância com as exigências bíblicas. O conceito de “responsabilidade social” carece de uma compreensão maior por parte da igreja, que ainda o considera como ideologia política da qual devemos nos afastar, porque o crente não pode envolver-se nestes assuntos. Nós cuidamos muito da “alma” e na hora de socorrer o corpo que sofre, falhamos ao espiritualizar uma situação que requer atitudes práticas. Este texto possui uma mensagem reveladora: “Não diga a seu próximo: Vá embora. Passe depois, que eu lhe darei amanhã, quando você tem a coisa na mão.” Provérbios 3.28. Seremos sal da terra e luz do mundo quando a nossa atuação representar um obstáculo à expansão da injustiça em nossa comunidade.

Um abraço,

Marcos Vichi

semeador disse...

a bíblia eh um livro q mostra q Deus considera todas as pessoas.. desde o antigo ateh o novo testamento.. a história contada não é apenas a das camadas privilegiadas de reis e doutores, mas dos pobres, dos profetas, dos pescadores, dos pecadores.. a gente ñ pode virar as costas pra isso e fingir q Deus ñ se preocupa com todos.

e isso eh o d menos.. fomos CHAMADOS para agir com justiça.

o q o romão falou eh isso mesmo.. ser sal e luz eh fazer diferença.