Roteiro que elaborei para o momento de "reflexão/debate/formação" do Encontro FALE-RJ do dia 11 de agosto/2012. Para entrar em contato com o pessoal do FALE-RJ: redefale.rj@gmail.com
Jumentinhos na Avenida Brasil
(reflexões sobre o cap. 1 do livro Um
jumentinho na avenida de Marcos Monteiro)
- Teologia/fé e
cultura/vida
“qualquer
pastor [...] se sente tão anacrônico quanto um jumentinho puxando uma carroça
em plena avenida [...] uma carroça (chamada igreja) cheia de objetos velhos e
móveis usados. [...] repete as atividades dos jumentos de todos os tempos [...]
seu anúncio anacrônico é triunfalista.” (p. 11)
"A melhor imagem para descrever a difícil tarefa da
Igreja atual diante dos desafios da cidade seria compará-la ao ato de
transferir uma montanha para o centro de uma grande cidade. A pergunta pastoral
seria: Como relacionar o Sermão da Montanha – cerne e coração do evangelho –, com sua paisagem rural
e antiquada, às igrejas contemporâneas e urbanas? Apesar de sermos urbanos,
nossa mensagem é antiga e rural, nossa teologia é antiga e rural, nossos
cânticos são rurais e nossa estrutura ainda reflete um mundo rural. Afirmamos
que a fé capaz de remover montanhas é do tamanho de um grão de mostarda, mas a
maioria de nós nunca viu um grão de mostarda nem imagina que a mostarda é uma
planta. A única mostarda que conhecemos é a que usamos no molho do hot-dog.”
(p. 86)
- Olhares sobre
a cidade/andar na cidade
-
Visão limitada e pessimista
-
Perceber outros jumentos
-
ANDAR POR NOVOS CAMINHOS E REAFIRMAR A IDENTIDADE: “Ao andar por esses novos
caminhos, ele reafirmou sua identidade e reencontrou a alegria e a dignidade de
ser jumento.” (p. 12)
-
Lançar perguntas sobre a cidade, repensar a igreja.
- Nova Iguaçu,
parábola do planeta
-
Contradições, desigualdades e vantagens
- “O Deus do
rico não é o Deus do pobre”
- Teologia (uma atividade
subversiva) => 3 movimentos: a rejeição da realidade, a revolução da
realidade e a revelação da realidade
-
Estrutura fragmentária, divisionista das igrejas, teologia denominacionalista,
sem unidade formal.
-
Cristãos urbanos experimentando a diversidade, mas não na igreja local.
-
“O Deus que apresentamos nos púlpitos de nossas igrejas é um Deus que não se
posiciona e um Cristo que não toma partido.” (p. 19) “O Jesus da Bíblia é
diferente do Cristo dos púlpitos.” (p. 20)
- Tirando o
paletó e a gravata
-
Estilo de vida
-
“um diálogo inevitável com os movimentos populares. Ali onde se busca a justiça
de forma organizada e insistente, se faz necessária a presença cristã como sal
e luz.” (p. 23)
- A roda grande
girando dentro da roda pequena
- Espiritualidade: teologia integral (holística) aberta
à ação do Espírito de Deus
- A hora e a vez
do jumento
-
Reunir os jumentos da cidade, organizar, fazer balanço do que está dentro da
carroça, tirar paletó, andar mais por favelas que por avenidas, proclamar.